Sete pecados capitais que podem arruinar a carreira



Neste Dia do Trabalhador, 1º de maio, coach aponta
desvios imperdoáveis na busca pelo sucesso profissional


No próximo domingo, 1º de maio, comemora-se o Dia do Trabalhador. Diante do cenário de instabilidade econômica e dos quadros de demissões, a data pode ser uma boa ocasião para repensar e avaliar as atitudes no ambiente profissional. O coach de carreira e psicólogo, Márcio Souza, que atua há 20 anos como orientador profissional, elenca os sete pecados capitas relacionados ao trabalho que, quando cometidos, podem comprometer o desempenho do trabalhador, e dependendo dos casos, arruinar toda uma carreira. “É preciso ficar atento e observar como está seu comportamento. Assim, é possível evitar frustações, estagnação e outros problemas mais graves no trabalho”, afirma Márcio Souza.

GULA: a gula está relacionada com a postura de querer ter sempre mais e mais, não se contentando com o que já foi conquistado. “Trata-se de uma forma de cobiça. É bom ter ambição na carreira, mas quando esta ambição te impede de trabalhar em equipe, de partilhar créditos e resultados, você corre o risco de perder parcerias importantes para seu crescimento profissional”, destaca o coach.

LUXÚRIA: originalmente relacionado à satisfação de prazeres carnais, no ambiente de trabalho pode ser representada pela dificuldade em manter relações estritamente profissionais. “Flertar com colegas de trabalho, além de prejudicar a definição dos papéis profissionais e a produtividade pode render um processo por assédio sexual”, alerta.

INVEJA: “a inveja no ambiente de trabalho faz com que você pare de valorizar suas próprias conquistas, ou até mesmo de persegui-las, e direcionar sua atenção para as conquistas do outro”, explica. De acordo com Márcio Souza, esta postura leva a um constante sentimento de insatisfação, a um falso sentimento de injustiça e à desmotivação, o que pode, inclusive, estagnar seu crescimento profissional.

IRA: este pecado está relacionado ao sentimento de raiva, ao cultivo do rancor, que pode levar a acessos de fúria. Este comportamento pode estar ligado com a inveja, a vaidade e a soberba ou ainda ser resultado da frustração diante de resultados que não foram atingidos. “A ira pode prejudicar severamente as relações de trabalho fazendo com que colegas deixem de levar informações  importantes ao seu conhecimento sob a prerrogativa de não te deixar com ‘a cabeça quente’”. Outra consequência da ira é a dificuldade de analisar as situações de forma clara e objetiva, requisitos indispensáveis para uma boa tomada de decisão.

SOBERBA: está associada ao orgulho excessivo, arrogância e vaidade que, além de impedirem que a pessoa reconheça as conquistas e méritos dos colegas de trabalho, levam a um excesso de confiança nas próprias capacidades. Como consequência, a pessoa pode subestimar os desafios que enfrenta por não  avaliar adequadamente as dificuldades que eles representam. Além disso, também pode levar a um falso sentimento de autoeficácia, impedindo que a pessoa perceba seus pontos fracos.

AVAREZA: trata-se do apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro, priorizando-os e deixando de lado outras dimensões importantes da vida, como: qualidade de vida, amizades e família. “Outro ponto negativo neste caso é o fato da pessoa não querer investir em sua qualificação ou deixar de dar passos importantes para seu desenvolvimento profissional por acreditar que não trarão retorno financeiro”, aponta o coach.

PREGUIÇA: caracterizado pela pessoa que vive em estado de falta de capricho, de esmero e empenho, agindo com negligência, desleixo, morosidade. “Este comportamento causa demora, adiamento, das tarefas que precisam ser realizadas. Tem a ver também com uma aversão ao trabalho, que ganha um tom de eterna obrigação. Esta postura costuma impedir o crescimento profissional e gerar sentimentos de frustração”, completa.

Márcio Souza
É psicoterapeuta, Orientador Vocacional e Coach de Carreiras. Membro da Associação Brasileira de Orientação Profissional (ABOP) e da Sociedade Brasileira de Coaching. Licenciado e bacharel em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), mestre na área de concentração de Psicologia Escolar. Possui Formação em Psicoterapia Fenomenológico Existencial pelo Centro de Psicoterapia Existencial e em Personal & Professional Coach e Career Coach, pela Sociedade Brasileira de Coaching. É professor da Universidade Paulista (UNIP) e já trabalhou na Faculdade de Americana (SP), na PUC-Campinas (SP) e na UNIVAS (MG), lecionando disciplinas na área de Psicoterapia, Psicologia Social, Pesquisa em Psicologia, Epistemologia e História da Psicologia. Mais informações sobre o profissional podem ser encontradas no site:www.marciosouzacoaching.com.br.

Comentários

Postagens mais visitadas